quarta-feira, 25 de setembro de 2019
Respeitem a torcida do Vitória!
Em nome de um contrato com cláusula de confidencialidade, a Arena Fonte Nova vem maltratando a torcida do Vitória com a conivência da atual diretoria do clube. Parece que somos indesejados naquele local, pois desde a sua reinauguração é assim que somos recebidos, apesar dos bilhões de reais de TODOS os baianos que serão ali investidos.
Para piorar, o sócio-torcedor mais fiel, exatamente aquele que jamais abandonou o time, foi empurrado para o pior lugar da Arena e, agora, é obrigado a assistir aos jogos em um setor superlotado enquanto o resto do estádio permanece vazio. Um absurdo! Sequer sabemos a quem cobrar, pois não há transparência.
Pessoas com dificuldade de locomoção, crianças e idosos se apertaram ontem (24/09) no setor superior leste da Arena Fonte Nova, subiram infinitos degraus, pagaram caro na cerveja, se espremeram na fila de entrada e nas escadas de saída. Tudo isso em nome da modernidade, do conforto e da segurança em oposição ao nosso Barradão, supostamente defasado.
Além disso, as torcidas organizadas estão na prática impedidas de fazer a festa, pois nunca sabemos de antemão onde ficaremos no estádio, tirando toda possibilidade de nos apropriamos do novo equipamento. Não pertencemos àquele lugar e querem que continuemos assim: sentindo-nos meros visitantes, apesar do alto preço do ingresso.
Apertados, apartados, sem instrumentos, sem bandeiras, sem lugar pré-definido e muito longe do gramado, ainda assim empurramos o time com a esperança de, aos gritos, espantar a má fase, o péssimo futebol praticado e todo o desrespeito que é direcionado à torcida do Vitória.
Em resumo, estamos sendo diariamente atacados pela atual diretoria e enfrentamos o descaso da Arena. Porém, não dá mais! O E.C. Vitória nos pertence! A Fonte Nova nos pertence! E vocês vão ter de respeitar a torcida daqui para frente. Por isso convidamos todos os rubro-negros e rubro-negras a se rebelar contra esses absurdos. Junte-se à Brigada Marighella e aos demais coletivos de torcedores organizados e vamos mostrar a eles o que significa "virar o jogo".
Brigada Marighella
sexta-feira, 20 de setembro de 2019
Parabéns, Olodum!
Para além dos 120 anos do Esporte Clube Vitória, 2019 é o marco de 40 anos de uma das entidades mais importantes da história do povo negro, e consequentemente da construção da identidade negra na Bahia, o Bloco Afro Olodum.
Criado em 1979, com intuito de proporcionar um carnaval mais organizado e divertido para os moradores do Maciel-Pelourinho, tornou-se muito mais que isso, tanto para o Pelourinho, quanto pra toda história da Bahia. Isso fez com que chamar de Bloco Olodum se tornasse uma maneira muito reducionista, já que além de bloco que arrasta anualmente uma multidão alegre cantando a auto-afirmação negra e ideais de libertação panafricanistas. O Olodum é um projeto socio-cultural, que atua, sobretudo, a partir da Escola do Olodum, e de uma banda, que historicamente revelou inúmeros cantores e canções pra musica baiana e mundial.
Nós da Brigada Marighella desejamos ao Olodum muitos e muitos anos de resistência, que as cortinas dos palcos da vida possam continuar abrindo para o Olodum balançar a negrada, educar crianças e jovens, formar músicos, revelar compositores e cantar Samora Machel, Che Guevara, Ujaama, Egito toda história de Africa e suas lutas de libertação.
Brigada Marighella
quinta-feira, 19 de setembro de 2019
Setembro Amarelo
No dia 17/09, no auditório do Sindicato dos Bancários, ocorreu a palestra de prevenção ao suicídio, promovido pelo coletivo feminino do Vitória (Leoas da Barra, Comando Feminino da TUI, Elas na Bancada, Loucas pelo ECV e a Brigada Marighella, através do núcleo Brigada Dandara).
Os diálogos foram desenvolvidos diante das exposições das psicólogas Raquel Fernandes e Tamires Sales e ficou claro que falar de suicídio, conhecer as causas que o antecedem e as formas de preveni-lo, é um caminho de olhar com cuidado para uma saúde mental fragilizada.
A campanha "Setembro Amarelo" acontece todo mês de setembro e foi proposta pelo Centro de Valorização da Vida - CVC. Serve de alerta para a sociedade como um todo.
No caso deste debate promovido por um coletivo de torcedoras, foi comprovado que, para além da arquibancada, há uma compreensão que as diversas expressões da questão social interferem no conjunto de pessoas que sentam nas arquibancadas para ver os jogos. Ou seja, partir de uma luta de popularização do futebol é entender que a acessibilidade aos jogos está conectada, também, a um bom estado de saúde mental.
Uma pessoa assídua aos jogos que "do nada" deixa de frequentá-los por causa de uma crise de pânico ou ansiedade, ao assistir uma palestra dessa percebe que sua paixão pelo seu time condiz com suas lutas internas nos estágios de vulnerabilidade.
Saiba que não é falta de fé ou força e que você não está só!
Procure a rede de proteção mais próxima de sua casa, procure um posto de saúde, saiba que há atendimentos gratuitos em faculdades de psicologia e que você pode ligar para o CVC para pedir ajuda através do número 188.
Brigada Dandara
domingo, 8 de setembro de 2019
Em defesa do futebol feminino!
Atuando na contramão do cenário nacional e mundial de
fortalecimento e valorização do futebol feminino, o Esporte Clube Vitória
anunciou que o nosso time da categoria não disputará o próximo campeonato
baiano, desistindo assim de buscar o bicampeonato.
Não é surpresa nem novidade que a atual gestão do Vitória é
machista, não tem priorizado o futebol feminino e desde o início tem atacado o
nosso time com declarações e políticas de desvalorização. Em uma das suas
falas, o atual presidente chegou a dizer que vai “encontrar uma solução para o
futebol feminino porque é obrigado por lei”, deixando claro que não existe
projeto para a categoria.
Apesar disso, o time feminino do Vitória teve o melhor
desempenho de um clube nordestino no Campeonato Brasileiro A1 (a elite da
categoria), conseguindo a nona colocação e garantindo assim a sua manutenção na
primeira divisão do futebol brasileiro em 2020. O sub-18, apesar de ter saído
na segunda fase, conseguiu se manter na série A2.
A postura da direção do Vitória reflete mais uma vez o
descaso com o futebol feminino. Além de não participar do campeonato do baiano,
dispensou e desprofissionalizou as atletas. Com o discurso de falta de recurso,
desmonta um cenário promissor do clube, além de relegar às mulheres um espaço que
não nos cabe. Vale lembrar que manter o time feminino inteiro é mais barato que
alguns dos salários do time masculino.
O que a diretoria e a torcida do Vitória precisam entender: o
futebol feminino tem crescido no país e no mundo e gerado uma receita positiva
para os clubes, tanto financeiramente quanto de crescimento e empolgação da
torcida e valorização das mulheres no esporte.
Faz 40 anos que o futebol feminino deixou de ser proibido
por lei e clubes brasileiros de grande expressão (a exemplo do Internacional,
Ceará, Grêmio, Santos etc.) têm investido cada vez mais na modalidade. O artigo
23 do estatuto da CBF determina que clubes e federações tomem medidas contra a
discriminação e a desigualdade de gênero, sendo obrigados a manter times de
futebol feminino. Sete clubes da Série A do Brasileirão masculino já possuem
departamentos de futebol feminino, seis clubes têm projetos em estruturação e
dois iniciaram o planejamento.
Houve a ampliação do Brasileirão feminino por determinação
da FIFA, da CBF e das equipes com investimento na categoria nos campeonatos
nacionais, ampliando o alcance e visibilidade dos clubes que disputaram a Série
A1. Outro avanço importante do futebol feminino é a garantia de transmissão ao
vivo na TV aberta de todos os jogos da seleção nacional da categoria.
A presença da modalidade em clubes de expressão no país é um
marco para o desenvolvimento do futebol feminino. Por isso repudiamos
veementemente a postura da atual diretoria, que de maneira machista tenta
desmontar todo o trabalho histórico dedicado ao fortalecimento do futebol
feminino e da profissionalização dessas atletas.
Assinar:
Postagens (Atom)