quinta-feira, 8 de agosto de 2019

Contra a censura e em defesa da democracia!


A Brigada Marighella vem a público repudiar veementemente a censura imposta a determinados veículos da imprensa local, impedidos de entrar no Estádio Manoel Barradas, e solicita a imediata revisão da medida. Entendemos que, sem uma imprensa livre, não é possível existir uma democracia saudável, pois a liberdade de expressão e o acesso à informação são direitos fundamentais.

Também registramos a nossa preocupação com a forma amadora e egocêntrica que vem sendo gerida a comunicação do EC Vitória. Além de representar a identidade do clube, a gestão da comunicação é uma parte fundamental do processo de reaproximação da torcida nesse momento tão difícil. Todos os erros cometidos nesse aspecto nos deixam profundamente envergonhados, assim como as inúmeras derrotas em campo. Solicitamos, então, que o presidente do clube respeite o protagonismo dos canais oficiais do clube daqui para frente.

Apesar disso, não podemos deixar de fazer uma crítica, de forma igualmente rigorosa, aos veículos sensacionalistas de comunicação. Como se já não bastasse a má vontade de parte da imprensa local para com o EC Vitória, agora um “jornalismo-caveira” do “quanto pior, melhor” não deixa a paz chegar ao Barradão. Mente, manipula, tumultua. Esse tipo de jornalismo, ao invés de defender a democracia, acaba por prejudicá-la. Censura, jamais. Boicote, sim!

Quanto ao centro da polêmica atual, a possível migração do EC Vitória para a Arena Fonte Nova, é preciso cobrar dos gestores do consórcio, do Governo do Estado e dos órgãos de controle um tratamento igualitário e transparente para com todos os interessados que desejem utilizar do equipamento. O EC Vitória é uma instituição centenária e é um patrimônio do nosso estado, merece respeito! Além do mais, a Arena Fonte Nova, apesar da gestão temporariamente privada, é de propriedade de todos os baianos e o EC Vitória tem a sua história intimamente ligada àquele equipamento. A Fonte Nova é tão nossa quanto de qualquer outro! Que se encerrem as disputas político-partidárias disfarçadas e que sejam respeitados os princípios constitucionais e os da Administração Pública, imediatamente.

Por último, reafirmamos a defesa ao nosso maior patrimônio: o Estádio Manoel Barradas. Infelizmente, a crise financeira e institucional pela qual passa o nosso clube deixa a torcida entre a cruz e a espada. Entretanto, mesmo mudando o mando de campo, não podemos abandonar a nossa casa, o Barradão, muito menos rejeitar o caráter popular da nossa torcida. Independentemente de onde jogarmos, seremos contra a re-elitização do EC Vitória.

Brigada Marighella