terça-feira, 25 de dezembro de 2018

Brigada Marighella contra o fascismo - #EleNão


Torcer nas arquibancadas brasileiras tornou-se, ao longo da história, uma forma de resistência. Pobres, mulheres, negros, gays, nordestinos e tantos outros grupos resignificam as trajetórias dos seus clubes soltando o grito da garganta e abraçando, na hora do gol, aqueles que poderiam ser seus algozes em outros contextos.

Tal cultura torcedora tem um efeito transformador inestimável, pois constrói laços entre os que estão distantes e nos faz caminhar para uma noção de humanidade diversa, plural e inclusiva.

Todavia, vivemos um momento em que esta cultura sofre sérias ameaças em muitos lugares do mundo, principalmente no Brasil, um país que traçou, no passado, dentro e fora de campo, a possibilidade de um futebol que represente aqueles e aquelas que vêm de baixo.

O fascismo articulado com o neoliberalismo, racismo, misoginia, lgbtfobia e todas as formas de discriminação está a solta e tem como representante maior na atualidade o candidato à presidência da república Jair Bolsonaro.

Nós da Brigada Marighella, grupo de torcedores e torcedoras antifascista do Esporte Clube Vitória, vemos nele um risco à trajetória popular redesenhada pelo clube ao longo da sua história e fortalecida com o Barradão, um estádio encravado na periferia, que mudou a nossa história e da população ao seu redor.

Repudiar Bolsonaro é uma forma de refletirmos não apenas enquanto torcida, mas enquanto sociedade, almejar um futuro de dignidade e democracia em que as mulheres sejam cada vez mais respeitada e tenham voz em todos os espaços que seus corpos ocuparem, principalmente, no nosso caso, dentro do futebol.

#EleNão #TorcidasContraOFascismo

Brigada Marighella

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